terça-feira, 20 de setembro de 2011

Amor. Paixão. Loucura.



Paixão. Pura! Ao primeiro olhar. Confirmada no segundo, ao terceiro... Todo o encanto de tempos idos...
Depois de Buenos Aires, após Cusco, eis que a América do Sul nos arrebata novamente o peito: Cartagena das Índias.
Perder-me em elogiosos adjectivos é, ainda assim, diminuir a beleza desta cidade. Da parte antiga, amuralhada, entenda-se. Arquitectura colonial do mais belo que já vi. Varandas deliciosas salpicadas por todos os lados. Plantas a voar para a rua. Portas de invulgar criatividade. “Batedores” de portas fantasiosos. Cores fantásticas. E quentes. Aroma tropical. No ar. E nos caribenhos. Gente com sorriso do tamanho do mundo. Excelente comida. Praias divinas…
Ao primeiro jantar, apostamos na Casa Socorro. Um dos três restaurantes abertos pela famosa senhora Socorro. Sangue africano corre-lhe nas veias. Tal como muita inspiração na cozinha. Ambiente fantástico. Era dia de formatura no ensino superior. Múltiplos sorrisos em direcção à nossa mesa.
Também aqui, o peixinho é um must. Embora o ceviche não se possa comparar ao peruano.
Na manhã seguinte, as duas horas perdidas no hotel a ver o FCP a empatar 0-0 com aquele conhecido e poderoso clube começado por F foi a única coisa que lamentamos em Cartagena.
Não perdemos tempo com o tropeção. Sandra Molina já nos esperava. A nossa guia improvisada. Uma simpática, culta e comunicativa jovem universitária CS que se predispôs a mostrar-nos os encantos de Cartagena. E foram tantos…
Ao fim da tarde, já depois de nos termos perdido em “raspa’o’s” (gelados artesanais feitos na rua, com maquinaria antiga e a partir de gelo, com sabores vários e leite condensado) fomos comprar vinho e bebe-lo no alto da muralha. Enquanto testemunhávamos o sol a desfalecer naquele mar…
Lois, a americana de Manhattan, com 62 anos, mas saudável ar de quarentona, juntou-se-nos para jantar. Gato Preto foi a escolha. Não no menu.
Mais uma vez, uma refeição gravada na mente. E no palato. Conversa fantástica. Desta vez, vinho substituído por sumos naturais. Que perdição!! Já perdemos conta aos sumos naturais que bebemos neste país. Alguns, de frutos cujo nome jamais lembrarei.
Tempo de caminhar. Sempre de cabeça no ar. A apreciar a arquitectura desta cidade única. E bocas abertas de espanto a cada metro percorrido. Procuramos lugar para dançar…
O almoço seguinte, nova experiencia transcendente. La Mulata. Várias salas. Todas com temáticas diferentes. Todas cheias de gente viva. E com vida. Que vida! O sucesso é tal que se dá ao luxo de apenas servir almoços.
Aceitamos depois o desafio de Lois, que encontramos a passear: visitar o mercado central. O lado B de Cartagena. A lembrar os mercados de Marrocos. Mas longe de deixar a mesma saudade. De espalhar o mesmo encanto. Aqui, em Cartagena, é preciso andar de olho aberto e não perder amigos de vista. Mesmo durante o dia. Tínhamos sido aconselhados a desistir da ideia da visita. “Não é propriamente seguro”, garantiram-nos.
Ao fim da tarde, eu e o Zé fomos à zona das praias. A parte turística de Cartagena. Animação. Muita. E outra qualidade de vida.
Cartagena deixou impressão digital no nosso corpo. E marcou-nos a alma. Aqui encontramos de tudo. E gente maravilhosa. Como em todo o lado nesta cada vez mais surpreendente e apaixonante Colômbia.

2 comentários:

  1. Jajajajaja!! I like it!!

    Para que no se les olvide:
    Panela
    Lulo
    Tamarindo
    Raspao
    Pechuga

    Kisses from Colombia

    ResponderEliminar
  2. Los cautivó la magia de Cartagena!!!! Que bien!!! por algo es patrimonio histórico de la humanidad.

    ResponderEliminar